Esqueça as ideias. Nossa missão é a execução.

por Mauricio Fernandes em LinkedIn

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É um produto de nossa época saturada de informação, de todo o tipo de opinião, sugestão, verdades, boatos.  Ideias que vão mudar o mundo nos atingem a cada instante. Temos a impressão de que há um exército de gênios criativos bolando coisas que vão mudar nosso mundo instantaneamente. Mas o tempo vai passando e vemos que obviamente a grande maioria daquilo não deu em nada.

Criou-se um mito de que a civilização evolui com ideias. Que grandes ideias iluminam os gênios do mundo e “zap!” tudo muda. É confortante pensar que seja assim fácil, mas este não é nosso mundo.

Até o símbolo disto tudo, deste instante criativo é uma farsa.  Thomas Edison somente conseguiu fazer a lâmpada funcionar após milhares de protótipos e muitos anos de tentativas frustadas. A lâmpada é fruto de muito trabalho e não de um momento criativo.

A perseverança de líderes como Thomas Edison, Albert Einstein e Steve Jobs está em falta. Acompanho um bom número de pessoas “criativas”e noto que há um padrão: todos eles tem uma grande ideia. Não importa se é deles ou não, se é uma ideia original ou é uma adaptação de algo que está por aí. O fato é que todos eles tem um prazer descomunal em contar sobre sua ideia. Falam como aquilo vai funcionar, os benefícios que trarão e… pronto. Ficam olhando com aquela cara de… “e aí, não vai me parabenizar pelo feito?”.

Pois estas ideias são irrelevantes. Todas elas. O mundo está saturado de ideias. Livros e filmes de ficção científica, conceitos novos que podem ser re-aplicados em outros contextos, a conexão de dois ou mais conceitos sintetizando num novo produto ou serviço. Enfim, a coisa mais fácil é olhar em volta e criar algo que na verdade tem muito pouco de autêntico. Ideias são commodities. E sempre foram.

O que falta é a perseverança. Não desistir, fazer a ideia (qualquer uma) se tornar uma realidade. O que falta, como diriam meus avós e pais, é trabalho. É suor. É administrar fracassos. É não desistir. É vencer descréditos, é recomeçar; trabalhar incansavelmente em busca do objetivo de realmente tornar ideias algo real. No jargão corporativo, é a execução.

Claro, executar é muito mais chato do que “ter” ideias. As pessoas não vão te valorizar, não vão te chamar de gênio. Mas se você busca sucesso instantâneo nem deveria ler este artigo.

Pautei minha vida e tento torná-la um exemplo de execução, perseverança, objetivos de longo prazo. Coisas que estão voltando à moda lentamente. E minha recomendação definitiva é esta, dedique-se à execução de seus projetos, não desista na primeira (nem na centésima) dificuldade e assim dê sua contribuição para o mundo. É claro assim.

O maior desafio é engajar um time neste processo. Pois todo mundo está condicionado a pensar de maneira imediatista. Motivar pessoas a pensar em algo que vai dar frutos em meses ou mais realisticamente em anos é um desafio. Minha experiência é que este tem de ser o foco de qualquer execução bem sucedida: engajar a todos para todas as etapas desta jornada. Ser claro sobre os objetivos, as etapas, a importância do projeto, trazer algumas conquistas rápidas que legitimem o projeto como um todo e principalmente motivar, envolver, valorizar e apoiar o time e cada pessoa.

Não importa se esteja levando seu time a uma projeto que vá revolucionar o planeta ou se seu objetivo é superar uma crise econômica como por exemplo esta que está aí. Arregace as mangas e assuma seu papel na execução.

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