Design Thinking, Agile e User Experience – 3 Lados da Mesma Moeda

Esse é o tempo onde esperamos que a tecnologia traga experiências cada vez mais personalizadas, de forma rápida e cada vez mais simples e intuitiva.

A maneira como consumimos produtos e serviços muda em velocidade maior do que conseguimos absorver. Mais que isso: novas necessidades surgem, que demandam novas soluções. Novos concorrentes, novos approachs, novos produtos; tudo novo, todos os dias.

Original em objective.com.br

Sob o ponto de vista corporativo, o que está por trás dessas necessidades crescentes e mutantes é um conjunto infindável de técnicas e metodologias, sobre as quais as empresas se debruçam na tentativa de evoluir a forma e o conteúdo do que oferecem ao mercado.

No centro destas inúmeras alternativas para organização de projeto, soluções de problemas e geração de valor, estão três disciplinas-irmãs, no sentido em que atacam os desafios com mindsets ora idênticos, ora complementares:

  • Design Thinking (DT);
  • Metodologias Ágeis, ou Agile;
  • User Experience (UX).

O que é Design Thinking

De forma resumida, o Design Thinking é uma ferramenta para resolução criativa de problemas, que tem como ponto de partida o entendimento das necessidades das pessoas, ou seja: o foco primordial para a resolução de problemas é o ser humano.

A técnica pode ser aplicada a qualquer contexto, sem exceções.

A adaptabilidade faz do Design Thinking, um poderoso recurso para a melhoria contínua de produtos e serviços.

Metodologias Ágeis (Agile)

São conjuntos de técnicas para gerenciamento de desenvolvimento de softwares, que visam construir soluções de negócios de maneira rápida, iterativa e colaborativa. O resultado é um processo preparado para responder rapidamente às constantes mudanças de cenários pelas quais um projeto inevitavelmente passa.

User Experience (UX)

O UX aborda todas as iterações entre os usuários, produtos e serviços e as suas motivações, ansiedades e padrões de comportamento. O objetivo é a construção de produtos que sejam não apenas úteis, mas profundamente desejados pelos clientes.

3 ligações entre Design Thinking, Agile e UX

Para cada um desses assuntos, um universo paralelo. Eu chamo de buracos-negros; simplesmente não há fim. Quanto mais investigamos, mais há para investigar.

Através do tempo, estudando e aplicando esses conhecimentos, um padrão começou a surgir: mindsets comuns às três disciplinas. Um conjunto de conceitos e valores que são o epicentro das três áreas de conhecimento, apesar das técnicas, aplicações e objetivos distintos entre elas.

Desse conjunto, escolhi três pontos (existem muitos outros) que, na minha visão, são a base para todo o resto. É sobre eles que falo nesse artigo. Entendê-los é entender a essência e o propósito final das três disciplinas.

1. Comunicação: o fator fundamental

A esmagadora maioria dos problemas de uma empresa recai sobre comunicação, uma vez que temos de nos conectar aos outros para fazer as coisas acontecerem. Qualquer técnica depende de comunicação; é a conexão quintessencial de todo campo de conhecimento, independentemente da sua natureza.

Exercer comunicação transparente e eficaz não é fácil; esbarramos em hierarquias, egos, culturas, disciplinas e afins. Dessa forma, quando eficaz, ela nos ajuda muito. E o contrário é proporcionalmente verdadeiro: se ela não funciona, o prejuízo é grande.

Vale a pena se esforçar para estudar a melhor forma de se comunicar, em todos os níveis. É um trabalho intenso e contínuo, mas producente e recompensador.

Exercício para análise do ambiente da sua empresa

A comunicação positiva e negativa.

Pense em comunicação positiva como aquela que flui. Todos falam, são ouvidos, e – o mais importante – essa comunicação gera consenso. Por sua vez, a comunicação negativa é a que não gera nenhum efeito produtivo, mas desinteresse, ineficácia e procrastinações.

Agora faça uma análise rápida, uma balança imaginária. Qual prato é mais pesado na sua empresa? Como cuidar das comunicações desbalanceadas?

Nos mindsets do Design Thinking, UX e Agile, a comunicação eficaz está no DNA. Ela é transparente, organizada e contínua. É a única forma possível de obter sucesso em qualquer técnica que se aplique.

2. O ser humano é o foco

Focar no ser humano é perseguir suas reais necessidades. Partimos da análise do ser-humano para primordialmente achar o problema correto a atacar. É um processo de profunda investigação e conhecimento do outro.

Essa postura se aplica tanto ao cliente final quanto às equipes de projeto. Os funcionários, tais quais os clientes finais, também tem suas necessidades dentro do trabalho.

Nesse ponto, o objetivo é promover bem-estar e motivação através de condições confortáveis e inspiradoras para trabalhar. Bem como focar nas necessidades do cliente nos traz, em última análise, mais chances de sucesso.

Afinal, um bom produto surge de um bom processo. E um bom processo só é possível através de seres-humanos motivados e com profundo senso de propósito nas atividades que desempenham.

3. Colaboração. A força do time sobrepõe o talento individual.

Ninguém faz nada sozinho; ponto. Em um ambiente com foco nas pessoas (clientes finais, funcionários e fornecedores) e comunicação transparente, está criada a atmosfera perfeita para um trabalho coletivo de produtividade de alto nível.

Trabalhar colaborativamente é entender o seu trabalho e o trabalho dos outros. É estar atento aos timings de projeto, deter visão sistêmica, e estar preparado para responder rapidamente às mudanças.

Não há espaço para disputas ou concorrências internas. Todos estão alinhados em torno do mesmo objetivo: o sucesso do projeto.

Em um ambiente colaborativo, o cliente acompanha a partilha decisões, sucessos e imprevistos, junto com o time. Afinal, o objetivo dele, assim como o da equipe, é concretizar o projeto com sucesso.

Alcançado esse estado de comunicação plena, preocupação com as pessoas e fluxo de trabalho colaborativo, está criado o triângulo virtuoso da produtividade e bem-estar de todos.

Sua equipe terá então a fluidez e organização necessária para experimentar quaisquer técnicas do Design Thinking, Agile e User Experience com muito maiores chances de sucesso.

Exercício para aplicar na sua vida

Abaixo, um exercício rápido para avaliar o grau de afinidade/maturidade do seu time acerca dos mindsets que investigamos hoje.

Considerando 1 como “quase inexistente” e 5 como “plenamente existente”, a ideia é mensurar o quão alinhada está a sua equipe com os mindsets do Design Thinking, Agile e User Experience.

As linhas azuis são apenas um exemplo de preenchimento. Nesse case fictício, essa equipe tem muito espírito colaborativo, mas a comunicação não parece ser eficaz, e o ser-humano como foco dos projetos também é apenas incipiente no ambiente; veja:

Análise do grau de afinidade/maturidade do seu time
Análise do grau de afinidade/maturidade do seu time

E por falar em comunicação, como está a avaliação do seu triângulo? O que acha de compartilhar com a equipe e abrir espaço para sugestões e pontos de melhorias?

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