- Risco – no conceito é uma coisa que pode ou não acontecer e que se acontecer vai trazer um resultado positivo ou negativo, quer dizer, é uma oportunidade ou uma ameaça. Nossa cultura não é orientada ao risco positivo, e isto é fato. E os brasileiros atraídos ao setor público pela estabilidade são mais avessos ao risco ainda. Então temos um problemão: admitindo-se que resultados são diretamente proporcionais aos riscos positivos assumidos, ou oportunidades aproveitadas, e que organização pública atrai os menos propensos ao risco (ou menos empreendedores), portanto mais acomodados, ela atrai os menos talentosos;
- Remuneração – o setor público remunera melhor em início de carreira e valoriza o conhecimento técnico e acadêmico nos concursos e muito raramente comprova capacidade, experiência e habilidades em cursos de formação. Consequentemente atrai e mantém jovens recém-formados, sem experiência e vivência e baixa capacidade de aplicar o conhecimento teórico adquirido;
- Inadequação ao perfil desejado – muitos dos jovens, super qualificados tecnicamente, à medida que vão descobrindo a sua vocação (que o concurso não avalia) continuam prestando concurso para outros órgãos e continuam migrando, sempre atrás da estabilidade. Muitos são apenas carreiristas e migram atrás de melhor remuneração e condições de trabalho. Outros também migram, mas simplesmente trocam porque estão descontentes com a baixa complexidade das tarefas e baixa qualificação requerida, que conflita a sua formação técnica superior e a carga de conhecimento técnico requerida no concurso. Esta realidade não era conhecida pelo concurseiro, que entra com uma expectativa muito alta gerada pela competição do concurso, e logo se frustra quando vê que ela é quase impossível de ser atendida. Talvez seja esta a maior causa de rotatividade no setor público hoje, apesar da estabilidade;
- Liderança despreparada – como o recurso humano é contratado pelo conhecimento técnico e de regra não recebe desenvolvimento gerencial, as lideranças são despreparadas para atuar no desenvolvimento das equipes e das pessoas e no aproveitamento das suas potencialidades, o que resultaria em mais motivação para o trabalho. Como de regra isto não ocorre, parte das pessoas acaba migrando para outra organização simplesmente por se frustrar com o comportamento de seus chefes (minúsculo mesmo, porque não são líderes) que não delegam, não treinam, não desenvolvem, não promovem, e alguns outros nãos. Agora podemos entender a causa da insatisfação e desmotivação para o trabalho dos servidores, apesar das boas condições de trabalho e da boa remuneração.
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