Estratégia adaptativa – Questão de sobrevivência

Agilidade

Nada de novo há
No rugir das tempestades…

…O mar da história
É agitado…

Vladimir Maiakovski

Não, nada há de muito novo na gestão e o fato é que o planejamento estratégico tradicional não funciona mais.
Até mesmo o ciclo anual vinculado ao ano civil e ano orçamentário já é muito longo, dada a velocidade da mudança.

Planejamento tradicional, fonte SEBRAE

O primeiro grande questionamento das teorias clássica e mecanicista veio em 1961 com as pesquisas de Burns e Stalker que resultaram na Teoria da Contingência.
O objetivo inicial era simples, apenas de definir a estrutura mais eficaz para determinado tipo de indústria, a depender do ambiente externo e da interação da organização com o ambiente.

Pesquisa Burns e Stalker – fonte Chiavenato

É isto mesmo, a organização flexível e adaptativa exigida hoje por conta da alta velocidade de mudança e disrupção já foi identificada em 1961, sessenta anos atrás.
Em 2020 e quase que ao mesmo tempo foram feitas duas leituras atualizadas e ajustadas ao requisito da estratégia e gestão atuais.
No Brasil,  com o livro Estratégia adaptativa: O novo tratado do pensamento estratégico, de José Salibi Neto e Sandro Magaldi.
Na Europa, com o livro The Invincible Company: How to Constantly Reinvent Your Organization with Inspiration from the World’s Best Business Models, de Alex Osterwalder e outros.

As duas visões têm muito em comum:

  1. Que a cultura organizacional é determinante na inovação e sustentabilidade ou, ao contrário, para a estagnação.
  2. Que a agilidade e as respostas rápidas às mudanças vindas do ambiente externo são cruciais.
  3. Que a gestão e qualidade dos dados é determinante para melhorar a tempestividade e qualidade da decisão.
Fonte: José Salibi Neto e Sandro Magaldi

Osterwalder vai um pouco além complementando a visão de Salibi e Magaldi na estruturação para a ação.
Uma vez definidas as estratégias de intervenção na cultura organizacional, na transformação e agilização dos processos e na qualidade e disponibilidade da informação gerencial necessária, parte-se para a priorização das ações em um modelo de gestão de portfólio dinâmico e orientado a riscos sobre resultados e aproveitamento rápido das oportunidades.
Tal portfólio tem foco duplo, na otimização das operações no presente e na construção da mudança para o futuro.

Dinâmico porque flexível e mutável, onde as ações e projetos não tem direito adquirido somente porque constam do orçamento anual e regra é priorização e despriorização a qualquer momento em função das mudanças e oportunidades vindas do ambiente externo.

Fonte: Alex Osterwalder

 O pessoal da Strategyzer também vai além demonstrando em uma folha as estratégias diferenciadoras para a intervenção na cultura organizacional.

Fonte: Strategyzer

Nós, da ProValore, adaptamos a ferramenta de gestão de mudança e intervenção na cultura da Strategyzer, com tradução livre, no quadro abaixo.

Fonte: Strategyzer, tradução livre da ProValore

Quando voltamos a 1961 e comparamos as características dos sistemas mecânicos e orgânicos, vemos que as abordagens atuais são uma evolução do produto da pesquisa de Burns e Stalker para a Teoria da Contingência.

A organização centrada no cliente

O que a Teoria da Contingência não conseguiu prever, em uma época de produtos e serviços de consumo de massa, é o poder que o cliente e cidadão ganharia a partir da internet e do smartphone.

Assim, a novidade que não é mais tão novidade assim porque já tem mais de dez anos, é que o cliente e suas expetativas e necessidades precisam ser colocados urgentemente no centro da jornada de criação de valor pelas organizações.

Somente operando de forma centrada no cliente a organização poderá melhorar suas decisões e ofertar produtos e serviços mais inovadores e criativos que entreguem uma experiencia de uso superior às pessoas.
As mesmas pessoas que hoje compram tudo a um clique em qualquer lugar do mundo. Esqueça a fidelização, a facilidade venceu.

Sua organização pode perder quase todos seus clientes e se tornar inviável muito rapidamente? No limite? Sim, aconteceu com a Nokia, você lembra.

Joel Solon Farias de Azevedo
Fundador da ProValore Consultoria de Gestão e Treinamento Gerencial

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