Poder da decisão

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Quando você decide e se compromete com sua decisão, vai sentir que as coisas começam a fluir tranquilamente. Especialista explica a razão.

Há um fenômeno chamado de “paralisia de análise”, que nada mais é do que aquele estado de indecisão (ou talvez até estado de choque) que se sente frente às inúmeras opções. Se você parar para pensar, somos bombardeados por informações e estímulos de uma maneira cada vez mais frenética, o que está criando um “vício por urgência” e um “medo de decidir”. A urgência nos mantém ocupados tempo suficiente (talvez 24 horas  por dia), de modo que não tenhamos que tomar decisões verdadeiras, uma vez que não temos tempo para pensar nelas. Isso me lembra os quatro quadrantes de Stephen Covey* divididos por Importância versus Urgência. Passamos a maior parte do tempo resolvendo ou pensando em urgências que não tem a menor importância.

Retornando ao medo de tomar decisões, Jeffrey Stibel escreveu recementemente na Havard Business Review que a melhor abordagem para a vida é tomar decisões rápidas, decisões-teste que buscam melhorias incrementais a partir das informações disponíveis e perseguem o desejo de inovar, aprender e melhorar. É mais ou menos o ciclo P-D-C-A, sendo que o Plan fica após o Do-Check-Act. É uma ótima filosofia: fazer, inspecionar e adaptar.

Anthony Robbins afirma que decidir (do latim decidere = cortar) significa tomar uma opção, escolher, e extirpar todas as outras. Isto é, uma vez que você decidiu seguir em frente, parar ou falhar não é mais uma opção. Então vá em frente! Cada passo causa um desequilíbrio, mas é isso que nos mantém em movimento para frente, mais ou menos como o “failing foward” de John Maxwell.

Quando você decide e se compromete com sua decisão, toma ações massivas para atingir seu objetivo, planeja e modifica suas abordagens de modo flexível, sempre mantendo a perseverança no seu foco, vai sentir que as coisas começam a fluir tranquilamente. Por quê? Porque você desenvolverá não apenas o poder de tomar decisões, você estabelecerá uma autoconfiança própria, que é a credibilidade sua frente ao seu Eu. Ou seja, você toma decisões e segue em frente, o que torna você uma pessoa confiável e capaz para você mesmo. Veni, vidi, vinci.

Certo, entendo. O leitor pode estar balançando a cabeça negativamente agora e pensando “por que esse cara acha que entende meus dilemas?”. Bem, eu não tenho essa pretensão. O que posso te dizer é que não há bala de prata nem solução mágica. Porém, também não há mal que sempre dure. A ação sempre vem de dentro.
É claro que existem vantagens genéticas, sociais, financeiras etc. Sim, existem pessoas que tiveram melhores condições, ensino de qualidade e por aí vai. Mas e daí? Pense em quantas outras pessoas, contrariando todas as expectativas, conseguiram vencer e se superar. A lista é enorme, vou citar alguns que admiro: Lance Armstrong, Warren Buffet, Madre Teresa, Nelson Mandela.

Não importam os obstáculos que você tem pela frente nem os traumas que você tenha sofrido no passado. No fundo, ninguém é normal e cada família e núcleos sociais tem suas disfuncionalidades. Somos P E S S O A S, com as mais diversas imperfeições. Errar não é feio nem ruim, é humano e deve ser usado para aprender.

Decidir é a solução. E o seu foco deve estar na solução, não desperdiçando energias com o problema. Viva em dias (day-compartment ou time-box). O que posso fazer hoje para melhorar um pouquinho? Se você ficar se preocupando com o futuro ou o passado, perderá o presente. Certa vez ouvi um conselho interessante a respeito do jogo de tênis: “Se você tivesse certeza de que não há nenhuma possibilidade de perder o jogo, como você jogaria?”.

O jogo está ganho para mim antes de começar, como eu jogaria? Eu jogaria da melhor maneira possível, sem me preocupar em errar, teria jogadas mais arriscadas e bonitas, auto-confiança. Embora eu continue sendo aspirante a jogador de tênis, melhorei. Porém, o que melhorou mesmo foi a minha vida. Porque agora eu vivo na certeza de que tenho que viver como se a vida estivesse ganha; não vou perder de forma alguma e estou livre para fazer as melhores jogadas, tomar todas as minhas decisões, voltar atrás e progredir (“failing foward”!)… não fico mais paralisado (“analysis paralisys”) com medo de errar.

E você?

Mário Henrique Trentim (Diretor da iPM Consult – Consultoria Inteligente. Professor e coordenador dos cursos de MBA da CEDEPE Business School em Gerenciamento de Projetos. Membro voluntário do PMI Pernambuco da Diretoria Adjunta do Chapter

*Nota do autor: Vale a pena ler First Things First, COVEY.

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