O aprendizado corporativo em meio à pandemia

Ainda estamos nos estágios iniciais do que promete se tornar uma onda de mudanças globais em absolutamente todos os setores. E o mundo corporativo tem colocado à prova todo seu potencial de adaptabilidade diante do atual cenário.

por Nairah Matsuoka em hsm.com.br

Segundo pesquisa da Deloitte, apesar da crescente produtividade, o retorno médio dos ativos (ROA) das empresas americanas caiu quase 1/4 do índice registrado em 1965.

O que provocou a erosão do desempenho? Existem muitos fatores relacionados aos impactos econômicos, sociais e psicológicos que o coronavírus trouxe consigo. Mas, quando colocamos a lupa sobre questões corporativas, um dos principais pontos de atenção é que a aceleração nas mudanças faz com que determinados conhecimentos se tornem obsoletos muito rapidamente.

A mudança de mindset do estoque de conhecimento para o fluxo de conhecimento 

No passado, o valor econômico residia nos estoques de conhecimento, que consistiam em: adquirir conhecimento proprietário, protegê-lo agressivamente dos outros e extrair ações desse conhecimento, entregando ao mercado. Acontece que, à medida que os estoques de conhecimento se tornam obsoletos, é preciso expandir o foco para fluxos de conhecimento.

Como podemos integrar fluxos e atualizar estoques de conhecimento mais rapidamente? Em artigo publicado na Harvard Business Review, John Hagel III, fundador e presidente do Deloitte Center for the Edge, afirma que a chave é conectar-se a uma ampla gama de conhecimentos, à medida que procuramos abordar problemas e oportunidades invisíveis. Hagel também aponta a importância de manter o foco na construção de relacionamentos de longo prazo, baseados em confiança, que podem nos ajudar com desafios e oportunidades, nos motivando a trabalhar juntos para criar melhores abordagens.

Aprendizagem escalável e ação

“Quando falamos sobre aprendizado, tendemos a nos concentrar no insight. Mas a aprendizagem escalável está baseada na ação – criando novos conhecimentos sobre como agregar valor em condições de constante mudança. Esse tipo de aprendizado é uma forma de improvisação: interpretar ambiente e condições, depois alocar e combinar recursos de maneiras novas e eficazes para gerar valor. Podemos encontrar exemplos desse tipo de improvisação no aprendizado em indústrias diversas como agrícola, petróleo e gás, diagnóstico médico e serviços financeiros”, afirma o escritor de The Power of Pull: How Small Moves, Smartly Made, Can Set Big Things in Motion.

Escassez de habilidades

Segundo relatório da PwC Talent Trends 2019, publicado na Strategy + Business, 79% dos CEOs em todo o mundo “estão preocupados com o fato de que a falta de habilidades essenciais em sua força de trabalho esteja ameaçando o crescimento futuro de sua organização”, em comparação com 53% em 2012.

A escassez de talentos

A Society for Human Resource Management, em pesquisa com 20 mil membros, descobriu que a escassez de habilidades é “uma das principais preocupações que precisam ser abordadas”. E que 3/4 dos profissionais de RH estão tendo dificuldade em recrutar por “escassez de habilidades nos candidatos a vagas de emprego”.

A resposta tem sido o treinamento corporativo

A resposta do mundo corporativo para isso tem sido programas de treinamento corporativo. Com a pandemia e o regime de quarentena, o trabalho remoto aliado ao e-learning através de plataformas vêm sendo desmistificados e amplamente experimentados pelas empresas. Nesses programas, os funcionários podem aprender com conteúdo criado sob demanda, focado nas necessidades da suas áreas.

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