Construindo organizações para o século XXI

por José Davi Furlan em LinkedIn

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É preciso estabelecer novas práticas de administração que levem as organizações verdadeiramente ao sucesso. Consumidores estão insatisfeitos com o que recebem, colaboradores estão infelizes com o ambiente de trabalho e o meio ambiente ainda está sendo destruído. Qual é o sentido de se criar resultados coletivos que ninguém quer?

Em geral, organizações públicas e privadas têm adotado a estratégia de negar ação e transferir para longe os problemas atuais; buscam garantir retornos sólidos hoje condenando o futuro – justamente onde passarão o resto de sua existência. Muitas não sabem por que existem (o processo de identificação da missão se deteriorou ao ponto de se tornar um exercício de redação de slogan), qual é seu retrato do futuro, que legado pretendem deixar, quem são seus clientes e que valor entregam. Não acompanharam as transformações da sociedade e o único foco é arrecadar, lucrar, gerar circulação financeira. Buscam fabricar “remédios”, mas esquecem de que a verdadeira riqueza é não precisar de remédios.

No mercado existem organizações “contadoras de história” e as “fazedoras de história”. As que contam histórias se concentram em propaganda empurrando uma mensagem de que o caminho para a felicidade passa por adquirir cada vez mais seus produtos e serviços. Quando se busca dinheiro e poder, em vez de um valor genuíno a oferecer, o ilusionismo é uma poderosa ferramenta. Muitas dizem “os clientes em primeiro lugar”, mas na realidade, o que é medido e recompensado é o dinheiro que entra no caixa, não o cuidado com os clientes.

Cada vez mais a era dos “produtos e serviços” cede espaço para a era da “experiência do cliente” na qual produtos e serviços são apenas “meios” para se obter a experiência. O que as pessoas consomem conta uma história, quando dizem “preciso de um refrigerador” buscam, na realidade, “cerveja gelada e conservação de alimentos”. A Ferrari fabrica e vende carros que entregam emoções, trabalha com sentimentos e os cinco sentidos, o aroma do couro, o ruído dos escapamentos e a aceleração na troca de marchas. O foco está em prover ao carro uma alma e não apenas velocidade. Produtos ou serviços são meios para alcançar objetivos e não fins em si mesmos. Oferecer aos clientes a habilidade de fazer o que ainda não podem, mas que gostariam, é a regra de ouro para nortear os negócios no século XXI.

Organizações com pensamento de dentro para fora (inside out) mantém-se firmes na crença que produtos e serviços são fins em si. Continuam vendendo produtos e serviços e o marketing fazendo publicidade de produtos e serviços. Mesmo para o governo, o que tem ditado o progresso econômico é a produção e circulação de produtos e serviços. Praticamente tudo que existe no meio organizacional e econômico é focado nos “meios” e no sentido monetário e não nos “fins” e na geração da verdadeira riqueza. A estrutura mental está ultrapassada.

Mudando a maneira como as organizações são geridas modifica a realidade em que todos vivem. É preciso incorporar uma nova mentalidade de administração que leve todos, organizações e pessoas, ao verdadeiro sucesso. Assim, o momento é de estudar menos história da administração e mais como construir organizações baseadas em novos paradigmas.

Organizações se transformam por meio daqueles que nelas atuam e lideram, reunir pessoas interessadas em mudanças impulsiona a transformação. É preciso ir além do “mais do mesmo”. Se você quer deixar a sua opinião sobre como as organizações devem ser construídas para o século XXI, escreva-nos. Ainda há um longo caminho a percorrer e será um prazer compartilhar a jornada.

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